terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Uma noite quase romântica


Bernardo trabalhou durante toda semana a idéia de rolar uma coisa mais forte. Tinham quase dois meses de namorico e nada. Apesar da vontade de abrir a guarda, Sônia tinha receio em agir por instinto, a dificuldade só aumentava a empolgação do galã que jogando pesado conseguiu uma mesa em um restaurante fino. Na manha que antecedeu o encontro mandou flores. Na noite era só cortesia, abriu porta do carro, pediu vinho caro, seu perfume másculo envolvia o ambiente. Encantada resolveu não resistir e aceitou terminar o jantar na luxuosa suíte do palace.
Namoro quente, coração acelerado e uma forte dor de barriga chegando com tudo sem ser convidada. A incontrolável chuva negra não permitiu que a pálida donzela paralisasse o ato, empesteou o ambiente. Por razoes obvias Bernardo não passou ileso, mas diplomático não perdeu a compostura, levou a constrangida namorada para a ducha. Sem clima acharam por bem terminar a noite ali. No retorno para casa, caricias, compreensão, Sônia pensou na ironia do destino, o acidente fez surgir à certeza de estar acompanhada de um grande caráter.
O gentleman a deixou na porta do prédio depois de um demorado beijo de despedida.
-cagonaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!!!!!
Berrou Bernardo quando arrancou com o carro.
Rubra de vergonha diante do porteiro ela teve uma certeza, seu príncipe tinha novamente virado um sapo.

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